Eu tinha acabado de me mudar para uma rua calma, não havia muitas casas. Na casa em que eu estava um homem havia sido assassinado, mas ninguém sabia onde estava o corpo. Meus pais não ligaram para isso, a casa era grande, tinha três quartos, uma cozinha, dois banheiros e uma sala bem grande. A primeira coisa que fui fazer foi escolher meu quarto... Era um quarto não muito grande, mas do jeito que eu queria. Ele tinha uma janela que dava para a rua, do lado da janela tinha uma árvore muito grande e antiga, o homem que nos alugou a casa disse que a árvore tinha 50 anos.

Era uma noite de lua cheia e estava frio. Na minha rua não tinha muita luz, e a mesma estava deserta. Acordei, fui à cozinha tomar um copo de água, quando voltei pro meu quarto vi que tinha algo estranho: a janela estava aberta. Percebi que tinha alguma coisa na árvore ao lado do meu quarto, um galho balançou, me assustei, mas tudo ficou calmo novamente, apenas a leve brisa soprava.

No outro dia à noite a mesma coisa aconteceu. Quando voltei pro meu quarto, novamente a janela estava aberta e tinha algo na árvore, me arrisquei e joguei uma pedra que estava na beirada da janela, ouvi um gemido e o que parecia ser um homem pulou da árvore e saiu correndo pela rua, sumindo em uma esquina.

Logo de manhã contei aos meus pais o que tinha acontecido, eles acharam que era um ladrão, então colocaram uma tranca que só podia ser aberta pelo lado de dentro do meu quarto, mas na mesma noite acordei e a janela estava aberta, e percebi que do meu lado tinha uma pessoa, parecia o mesmo homem de antes, alto, com um capuz e uma roupa preta. Eu tentei gritar, mas não consegui, minha voz não saía. Então o homem apontou para uma parede, e ali ficou apontando para ela por um bom tempo, quando de repente o homem começou a sumir... Quando ele sumiu completamente fui olhar o que tinha na parede, não vi nada.

No outro dia de manhã falei com meus pais, eles pra variar não acreditaram em mim, mas a situação continuou a acontecer. Sempre esse homem apontando pra mesma parede, e eu sempre falava para meus pais, até que eles resolveram me levar ao médico, mas o médico disse que eu não tinha nada de diferente. Então as aparições ficaram mais longas, o homem chegava a ficar a noite toda apontando para a parede, e sempre no mesmo local, até que chegou um dia que meus pais não agüentaram mais e mandaram quebrar a parede...

Dentro da parede havia uma caixa longa de madeira, quando eles abriram a caixa foi um espanto para todos. Tinha um homem em estado de decomposição dentro dela! A polícia foi ao local e levou o corpo, eles fizeram uma autópsia e descobriram que o corpo desse homem é do antigo dono da casa. Eles viram que tinha uma marca de tiro na cabeça do homem, e descobriram que ele foi assassinado, mas não descobriram por quem, então enterraram o corpo.

Depois disso o homem de capuz e roupa preta nunca mais apareceu.

Nossa cara, que estranho...
Tipo, você estava pensando muito nela eai quando foi dormir meio que enviou seu pensamento pra ela... *.*

Mais um... mais um relato...

Lembrei de uma experiência muito interessante, que aconteceu comigo há 18 anos atrás... inclusive lembei-me dela por encontrar a minha primeira namorada, a Solange, a qual experenciou estes eventos comigo...

Tudo começou no segundo colegial, eu e ela fizemos o curso de patologia clínica como colegial técnico, e eramos muito amigos, sempre estando juntos.

Éramos em 3, eu, a Solange e a irmã desta, a Sandra, e vivíamos muito próximos, numa amizade muito legal.

Um dia, uma outra menina de outra classe, cujo nome não me lembro agora, começou a se interessar por mim, mas eu não partilhava este interesse, e para despistar a moça, combinei com a Solange de fingirmos que iniciamos um namoro...

Nosso ato afastou a menina, mas acabou gerando um relacionamento entre eu e a Sol, um relacionamento que tinha algo de confuso entre namoro e amizade... Estávamos juntos, mas eu temia um maior envolvimento, e como a mesma era alguém muito importante para mim, temia magoá-la, e num dia meio confuso, disse-lhe que nosso namoro era uma farsa.

Nesse dia, fomos cada um para sua casa, mas ambos muito chateados, ela pelo que ouviu, e eu por te-la magoado, e com receio de perdê-la como amiga.

Naquela noite, na minha cama, fui fazer minha prece noturna, pedindo que eu pudesse ter a chance de desculpar-me em breve, e o sono foi chegando, porém, senti-me naquele estado entre o sono e a vigília, onde via meu corpo porém tinha ciência que estava fora dele... Eu estava em franco desdobramento.

Vi-me saindo do meu apartamento, seguindo pelas ruas, até chegar à casa da Sol, vi-me entrando pela sala e subindo as escadas, até o quarto onde ela se preparava para dormir, sentada na penteadeira, e retirando a leve maquiagem que utilizava para ir á escola.

Nesse momento, percebi minha voz (ou pensamento?) enfim, "ouvi" como se eu dissesse "desculpe-me, Solange".

Nesse momento, percebo ela virando-se, com face assustada, e não me lembro de mais nada.

Nas noites seguintes, percebi um afastamento enorme de mim, ela evitava falar comigo, sentava-se longe, junto com sua irmã, e mesmo eu tentando me aproximar, era repelido, educadamente.

Após uma semana, começamos a conversar, e sempre que tentava perguntar sobre aquela noite, a Sol desconversava, dizendo que aquela noite fora horrível... e não queria falar sobre ela.

Resolvi não mais tocar no assunto, e após 2 meses, tinhamos uma gostosa amizade como antes, e uma noite, ela tocou no assunto...

Disse que estava magoadíssima aquela noite, que estava pensando muito em mim, e como fora dolorido aquela comparação que eu fizera, até que, de repente, ouviu como se eu dissesse desculpas para ela, e ao virar-se, viu-me na porta de seu quarto, e tão logo fui avistado, comecei a desvanecer no ar.

Chegamos a ficar com uma amizade colorida alguns meses, mas com a proposta de deixarmos acontecer e sempre expor o que sentíamos.

O interessante é que eu não conhecia a casa dela antes do desdobramento, e a casa dela era exatamente como eu vira durante minha visita incorpórea.

Tenho outro evento ocorrido com a Sol, mas esta, fica para a próxima!!!

Abraços!

Muito massa a história! Mas a verdade é que isso é mais comum do que se imagina, muitas pessoas sentem momentos antes que vão morrer, mas a correria do dia a dia as faz ignorar isso. Se a propria pessoa não sente provavelmente algum parente mais sensivel pode sentir ou ter uma sensação de que algo vai acontecer, ou até mesmo muitos casos de mães que as vezes não se importam do filho sair, mas um dia pede pro filho ficar em casa e o filho não obedece e acaba morrendo de forma tragica. O lance é não ignorar os sinais que a vida te dá por mais sutis que sejam!

Nossa! Interessante esse relato, é verdade mesmo? Coitado desse senhor, mas como isso é possivel? Deve ter acontecido alguma coisa, um sonho, uma premonição talvez.