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Conte uma relato sobrenatural que vc já viu ou ouviu falar..
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De: mundo a fora |
O Caboclo D’água e o Mistério das Mortes no Poço Fundo
Pedro Beato começou a subir os degraus da igreja São Sebastião em Iguaracy quando chegou ao ultimo degrau parou e olhou sobre o ombro para sua esquerda e avistou a “bodega do Vicente” ainda vazia. Vicente varria vagarosamente a calçada, a lentidão naquela manhã parecia ser cúmplice do dia que parecia longo. Pedro Beato desceu os degraus em direção à bodega, tirou o chapéu em feltro preto, segurou por sua aba e bateu em sua perna direita como se quisesse tirar algum resto de poeira de suas roupas, se aproximou de Vicente e o cumprimentou: - Bom dia Vicente, como vai! – Disse Pedro Beato esboçando um sorriso tenso. - Bom dia Padre, com está o Senhor! – Disse Vicente com simpatia. - Desculpe Vicente, mas eu não sou Padre, desisti desta missão, agora estou em outra que é tentar desvendar os mistérios que assustam o povo deste sertão. – Disse Pedro Beato explicando um pouco de sua missão após sua desistência de se ordenar Padre. - Não há de quê! O que o Senhor vai beber? – Disse Vicente atendendo o Beato. - Eu quero uma dose de pinga, acho que meu corpo e meu espírito estão pedindo um gole. – Disse Pedro Beato apresentando cansaço em seu corpo. O copo com a dose de pinga foi colocado no balcão. Pedro Beato pegou o copo com a ponta dos seus dedos e ficou olhando como se fosse a primeira vez que bebia uma pinga. Antes de erguer o copo em direção de sua boca para tomar um gole, João do Jipe meio desconfiado chegou à bodega e fez um comentário com Vicente: - Vicente morreu mais dois lá no “Poço Fundo”, no Rio Pajeú! – Disse o João do Jipe eufórico. - Isto está muito estranho, estas mortes tem que ter uma explicação. Não descobriram o que aconteceu, sabe me dizer! – Disse Vicente tentando obter alguma resposta. - Não! Mas estão dizendo que é o “Caboclo D’água”. Muita gente já viu e outros estão a sua procura na tentativa mata-lo para explicar os acontecidos. – Disse João do Jipe persuasivo de sua existência. - Que história e essa, o “Caboclo D’água” é uma lenda do Rio São Francisco, como pode isto está acontecendo aqui perto. – Disse Pedro Beato aplicando um pouco de seus conhecimentos. - O Senhor não sabe, mas há alguns anos atrás a inundação foi muito grande, além de encher o Rio Pajeú formou um Rio Temporário, todos acreditam que isto começou a acontecer depois dessa grande cheia. – Disse João do Jipe explicando fatos acontecidos na região. - Por que isto está acontecendo justamente agora? – Disse Pedro Beato querendo se aprofundar no assunto. - Beato, este ano foi de pouca chuva, o rio temporário secou, mas o Rio Pajeú continuou cheio e o “Poço Fundo” que já era grande e assustador agora está maior e mais tenebroso. – Disse o João do Jipe explicando o ocorrido. - Como posso chegar lá? O Senhor explica o caminho até eu chegar ao “Poço Fundo”. – Disse Pedro Beato ansioso por uma resposta. - Eu estou guiando uma repórter do Diário Pernambucano até lá, se você quiser dividir os gastos e ela topar te levar, que acho meio improvável, podemos chegar neste tal poço. – Disse João do Jipe tentando desanimar Pedro Beato. - Onde está esta repórter que eu quero acertar os detalhes e partir com vocês o mais rápido possível. – Disse Pedro Beato convencido da aceitação da repórter. - Eu estou aqui e o que o Senhor acertou que eu não estou sabendo, você pode explicar? – Disse Ana Gomes repórter do Diário Pernambucano. - Bem, eu me chamo Pedro, estou procurando histórias e acontecimentos sobrenaturais neste sertão para tentar desvendar e por um fim na crendice deste povo. – Disse Pedro Beato explicando seu objetivo. - Muito bem Pedro, mas só concordarei que vá se contar algumas histórias misteriosas que sabe, pois sou jornalista e estou escrevendo fatos acontecidos neste sertão destes assuntos cheios de enigmas. – Disse Ana Gomes fazendo uma troca com Pedro Beato. - Eu topo e acordo fechado! – Disse Pedro Beato estendendo a mão para a repórter. Os três se acomodaram no Jipe e partiram na direção do “Poço Fundo” no Rio Pajeú. A distância era curta e em poucos minutos a estrada empoeirada era cortada pelo Jipe e seus três viajantes até chegar ao “Poço Fundo”. O lugar parecia esquecido, o Poço Negro mostrava suas águas escuras tornando o lugar assustador. O Poço parecia que encantava quanto mais próximo se chegava, mas fascinado ficava. Em sua volta a calmaria parecia ser determinada, tudo correspondia ao seu comando. As pedras em sua volta por suas características pareciam que eram usadas por banhistas, mas a ausência de pessoas tornava-se evidente, pois não tinha restos de objetos nem marcas de pisadas em suas beiras. Pedro Beato ouviu o engatilhar de uma espingarda, ergueu os braços e fez gestos para João do Jipe e Ana Gomes fazerem o mesmo. Os dois ficaram sem entender, mas após escutarem gravetos sendo quebrados atrás de suas costas ergueram os braços rapidamente. Uma voz forte e autoritária soou em seus ouvidos: - O que estão fazendo em minhas terras? – Disse Inácio proprietário da fazenda. - Calma Senhor! Sou padre e estamos em suas terras por uma boa causa – Disse Pedro Beato tentando acalmar o fazendeiro. - Agora virou padre é. O medo te ordenou! – Disse Ana Gomes bem baixinho, tentando provocar a paciência de Pedro Beato. - Pelo menos você não recebeu um tiro nas costas, não é engraçadinha. – Disse Pedro Beato revidando a provocação de Ana Gomes. - Então explique logo Padre ou suma de minhas terras! – Disse Inácio com tom autoritário. - Tudo bem, acalme-se! – Disse Pedro Beato percebendo que a conversa ia prosseguir. - Nos estamos aqui em razão dos comentários sobre o “Caboclo D’água”, estão dizendo que ele apareceu e duas pessoas morreram neste Poço. – Disse Ana Gomes adiantando a conversa. - Isto é verdade, eu venho tocaiando este bicho há muito tempo. Meu filho morreu neste Poço e ele sabia nadar como um peixe, os colegas que estavam com ele falaram que ele foi arrastado para o fundo do poço por uma coisa grande e de braços fortes. Isto aconteceu muito rápido, ninguém conseguiu salva-lo. Até hoje eu fico na tocaia, um dia e vou pega-lo. – Disse Inácio narrando com pesar o acontecido. - Como podemos colaborar para por fim nesta história maluca, será que tem algum jeito de pegar esta coisa ou isto é pura lenda. – Disse Pedro Beato deixando transparecer que não acreditava nos boatos do povo. - Eu quero fotografar e escrever sobre o “Caboclo D’água”, qualquer coisa que encontrar será suficiente para mandar para o Jornal. – Disse Ana Gomes explicando seu objetivo. - Olha temos que aguardar ficar de tardezinha, o poço fica mais escuro e vocês tem que tomar banho pra chamar atenção do “Caboclo D’àgua”, principalmente quando tem um casal na água. – Disse Inácio olhando para os três. - Não olha pra mim não! Acha que vou entrar ai, quem está procurando problemas são os dois curiosos. – Disse João do Jipe apontando o dedo na direção de Ana Gomes e Pedro Beato. - Tudo bem seu medroso eu vou entrar, mas fiquem alerta pra vê se esse bicho aparece mesmo. – Disse Pedro Beato meio incrédulo da história. - Quem disse que vou entrar neste poço escuro e ainda com um Padre ou sei lá o quê! – Disse Ana Gomes provocando Pedro Beato. - Mocinha deixe de frescura, se você quer alguma matéria sobre este assunto é melhor se preparar pra um banho e o sei lá o quê aqui não tem muita paciência com dondoca metida à princesinha. – Disse Pedro Beato levantando o tom da provocação. - Tudo bem! Tudo bem! Mas não deixa esse bicho me levar viu herói. – Disse Ana Gomes mantendo seu ar provocador. O entardecer chegou logo e os caçadores improvisados foram para o “Poço Fundo” na tentativa de caçar o “Caboclo D’água”, o planejamento feito era que Inácio e João do Jipe ficassem armados de tocaia à beira do “Poço Fundo”. Ana Gomes e Pedro Beato fingissem que estavam tomando banho e se divertindo na água escura para atrair o possível estranho. Tudo feito agora era esperar, o lugar de repente ficou diferente, os pássaros ficaram quietos, a água do poço parou de bater nas ribanceiras, não se ouvia os grilos e apesar do calor do sertão de repente um pouco de frio foi sentido pelos caçadores que se olharam pressentindo que algo estava para acontecer. Pedro Beato e Ana Gomes estavam na água apreensivos. O silêncio ficou predominante e o pressentimento de quer algo ia acontecer os deixou aflitos. Ana Gomes foi à direção de Pedro Beato batendo os pés na água como se estivesse com muito medo, de repente foi puxada para o fundo, o pânico tomou conta de todos, Inácio apontou a espingarda, mas nada via, nada se mexia que pudesse acertar. João do Jipe se aproximou da beira do poço e nada mais foi visto. Pedro Beato em uma reação espontânea mergulhou para o fundo na tentativa de resgatar Ana Gomes. Seu primeiro mergulho não obteve êxito, na segunda tentativa observou que uma parte do poço a água era mais nítida, retornou a superfície e avisou os companheiros. Pedro Beato nadou um pouco sobre a água na direção do local observado, respirou fundo e mergulhou. Inácio e João do Jipe ficaram esperando algum sinal que não aconteceu, a preocupação foi tomando conta e o tempo era predominante para a sobrevivência na água, passava-se de três minutos e nem um sinal de vida. O tempo foi se alongando e nada de aparecer Pedro Beato ou Ana Gomes do fundo do poço. Convencidos que algo de ruim tinha acontecidos Inácio e João do Jipe não sabiam direito o que fazer, se iam buscar ajuda, mergulhava no poço para tentar resgatá-los e desistiam de tudo. Sem tomar iniciativa os dois sentaram-se à beira do poço e ficaram se lamentando. Pedro Beato em seu mergulho seguiu à direção da água mais clara, de repente se viu entre uma fenda de pedras, agoniou-se um pouco, mas se controlou. Entrou na fenda seguindo a direção clara da água, seu ar nos pulmões já estava no fim, então Pedro Beato acelerou suas pernadas e braçadas chegando a final da claridade quando se deparou com uma grande quantidade de ouro reluzente em cima das pedras dentro de uma gruta. Pedro Beato deslizou-se nas bordas das pedras cheias de lodos tentando localizar algum sinal de vida no lugar, para sua surpresa um ser grande, forte e meio peludo estava parado diante de um corpo inerte sobre as pedras úmidas e cheio de lodo. Sem fazer barulho para não chamar atenção do ser gigante Pedro Beato foi sorrateiramente se aproximando do corpo quando viu que se tratava de Ana Gomes ficou parado um instante observando algum sinal de vida quando o ser estranho a pegou em seus braços e começou a andar em direção a parte interior da gruta. O ser parecia apreciar a beleza de Ana Gomes, seus cabelos molhados, grandes e pretos caiam na direção dos grandes pés do ser estranho que ia a passadas lentas, parecia enfeitiçado pelo seu belo rosto que revelava olhas grandes e cativantes. Pedro Beato manteve-se em silêncio e observando os detalhes da gruta na expectativa de procurar uma solução para resgatar Ana Gomes e também sair daquele lugar. A gruta tinha vários objetos e o ouro prevalecia em maior quantidade, não tinha muita opção para se esconder por isso Pedro Beato ficava com o corpo dentro d’água, seus braços apoiados nas pedras mantinha sua cabeça fora para manter a vigilância e observar a movimentação do ser gigante que parecia perceber alguma coisa, pois ficava tentando encontrar algo movimentando a cabeça para todos os lados e seu único olho vasculhava os cantos da gruta como se quisesse identificar algum intruso. O silêncio da gruta foi quebrado quando Ana Gomes recobrou os sentidos e deu um grito ao perceber um ser enorme diante de si observando-lhe com se estivesse admirando seu corpo e sua beleza. O ser gigante reagiu ao grito erguendo seus grandes braços e movimentando em direção a sua presa como se estivesse impedindo de sair do lugar. Ana Gomes sentia-se acuada, recolhia os pés e permanecia encolhida sobre as pedras demostrando medo e pavor arregalando seus olhos negros. Pedro Beato não teve alternativa, saiu da água e provocou o gigante para vir em sua direção. O Ser se pós a sua frente e fez gestos erguendo seus braços grandes e fortes, arregalando seu grande olho e esboçando raiva. Ana Gomes aguardou a reação dos dois, imóvel observou alguma alternativa para fugir das garras do ser grande. Pedro Beato se viu em apuros, ficou em posição de ataque e pesando em alguma alternativa para não enfrentar aquele ser forte que podia ser três vezes o seu tamanho. Sem encontrar alternativa para enfrentar o ser grande Pedro Beato pensou em seu punhal de prata que carrega em sua cintura, mas não seria suficiente para um ser tão grande, o crucifixo ali não tinha utilidade. O seu pensamento foi interrompido com o grito do ser e a movimentação em sua direção para tentar pega-lo. Pedro Beato em uma reação espontânea pegou um pedaço de raiz e começou a bater nas peças de ouro jogando-os na água. Ana Gomes percebendo a reação do ser grande que se desesperava quando via seu ouro reluzente cair na água também tomou inciativa e começou a jogar peças e pedras de oura na água, o desespero do ser grande foi total, quando restavam poucas peças de ouro na gruta e a água já refletia a luz e ficava mais transparente revelando uma saída que só o grande ser sábia. O gigante esboçou uma aparência de raiva e pulou na água em busca de seu ouro que descia ao fundo da gruta e parecia não ter fim. Pedro Beato se aproximou de Ana Gomes e falou: - Ana agora é a oportunidade de fugirmos deste lugar, temos que mergulhar na direção daquela pequena luz que deve dar no “Poço Fundo” de onde nós viemos. – Disse Pedro Beato eufórico. - E se não for esta direção e que pode acontecer? – Disse Ana Gomes demostrando insegurança. - Não temos alternativa, ou nos salvamos ou morremos tentando! – Disse Pedro Beato tentando encorajar Ana Gomes. - Então vamos antes que o ser volte com mais raiva e nos mate. – Disse Ana Gomes temendo a volta do ser grande e raivoso. Ana Gomes mergulhou primeiro e Pedro Beato foi em seguida, após algum tempo nadando em direção a pequena luz emergiram no “Poço Fundo” lugar onde estavam antes. Inácio vendo a água se mexer aponta sua espingarda na direção aguardando surgir o “Caboclo D’água” quando se depara com Ana Gomes e Pedro Beato. Inácio recua sua arma e João do Jipe começa gritar de alegria vendo que seus amigos estavam vivos depois de tanto tempo dentro d’água. Pedro Beato e Ana Gomes contaram o ocorrido, mas foram questionados sobre a veracidade da história. Pedro Beato puxou de seu bolso um objeto de ouro com uma imagem de prata em relevo, símbolo desconhecido na região e disse: - Talvez isto prove a existência do “Caboclo D’água”, mas isto não é objeto de investigação ou de estudo para ninguém enquanto eu não descobrir sua origem e seu poder. – Disse Pedro Beato vendo o objeto reluzir o raio da lua cheia que vinha surgindo no inicio do crepúsculo.
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Post 298 Inserido por | Comentário: | |||||
De: terezina Email: Contacto |
bom pode ser verdade ou mentira acredita quem quiser ja houvi varias historias de ovinis mas essa deixa uma duvida enorme deixou a desejar mas acredita quem quer né eu acredito com uma certa duvida né vc nao queria chegar aqui i fala que viu um et meio restart e querer que os outros acreditem assim logo de cara mas interesante sua historia nada é impossivel nesse mundo maluko que vivemos
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Post 299 Inserido por | Comentário: | |||||
De: pelotas |
Estava sobre o telhado de casa, olhava as nuvens lá fora... era um dia calmo e frio, e uma chuva de inverno se aproximava devagar, arrastada pelo vento. Sabe quando se respira o ar gelado, e ele entra abrindo e refrescando os pulmões, como se fosse a primeira vez que respiramos? Pois então... eu fiz isso. Algo como uma luz aproximou-se, como que saida do sol, tinha o formato pentagonal, com luzinhas coloridas em volta, em cada ponta havia uma cor diferente que pulsava.
Ela parou por cima de mim, e me olhava com a mesma curiosidade com que eu a observava. Ficamos ali, os dois, como seres passivos, esperando um a reação do outro. Esse tempo foi longo. Eu gostei daquela situação. Havia paz naquilo tudo, e um misto de indefinível mistério, que eu queria que jamais terminasse... penso que a parte de lá também sentia o mesmo. Era algo do tamanho de um ser humano, não me parecia eletrônico ou mecânico. Era mais como um reflexo difuso na água. Aquela bela coisa se contorceu e torceu-se em si mesma, e desceu da pequena altura em que estava para fazer-me companhia sobre o telhado. Mas agora ela tinha a peculiar forma humana, forma perfeita penso eu, a forma que melhor trabalha a pressão atmosférica aliada à força da gravidade, e que também distribui da melhor maneira a capacidade cognitiva do cérebro à capacidade mecânica do corpo. Enfim... foi assim que se apresentou a mim. Tinha a pele azul, um azul-esverdeado-fundo-de-piscina, e a altura de um homem comum. De olhos grandes, não grandes como os que vemos nos extraterrestres de filmes, mas grandes o suficientes para deixar impresso ali suas emoções. Digo isso por que eu lia perfeitamente em seus olhos as suas emoções, e dava pra saber quando ele estava triste ou alegre, apenas olhando os seus olhos. A boca era pequena, mas não pouco formosa, podia se dizer que ele tomava sopa por um canudinho, mas sem fazer barulho. Quando ele falava, ou queria falar, na superfície de sua pele dançavam luzes multicores, às vezes como serpentes que subiam e desciam, às vezes como confetes que se jogam pra cima e deixa-se cair, semelhante em muito, aos peixes que vivem em regiões abssais. Eram muitas cores, e o efeito delas em sua pele azulada era algo como "indescritível e maravilhoso". Ele, ou ela, sentou-se ao meu lado, como um amigo faria ao encontrar o outro sentado na beira da estrada sem fazer nada, e sorriu pra mim com os grandes olhos negros. Contou-me certas coisas, das quais, confesso, não ter entendido a grande maioria, embora desejasse muito, pois transpareceu ser de grande sabedoria e verdade, e até mesmo reveladoras. Reveladoras a ponto de deixarem perplexos os mais ousados cientistas e a mais absurda equação matemática ainda não criada pelo raciocínio abstrato de padrão humano - ainda bem que eu não entendi nada. O pouco que entendi, dizia respeito ao fato de que muitos já sabiam da existência de seres como ele. Mas o medo de muitos da nossa gente, de perderem privilégios, de negarem coisas pelas quais lutaram tanto pra defenderem, de contradizer credos filosóficos e religiosos, relegaram ao último posto a verdade. Ao omitirem tantas coisas reais, deixamos para trás a verdade. Ao defenderem teorias econômicas exploradoras, temendo admitirem que outros serem só alcançaram a verdade ao se apoiarem mutuamente e dividirem. Admitir que seres evoluídos aqui cheguem, é admitir mudanças profundas na sociedade. Seres evoluídos não aceitam o nosso sistema e a nossa política (até nós sabemos que ela é errada). Deixamos pra trás a chance de mudança. Ao defendermos teorias construídas sobre apenas 300 anos de ciência, em benefício a uma minoria abastada e interesseira, em detrimento de bilhões de pessoas e de bilhões de possibilidades além de lógica matemática e especulações. Deixamos para trás a justiça. Perguntei por que não se apresentam, mesmo contra a vontade humana. Eles são pacatos, sábios e justos demais pra isso. O mundo é nosso, e fazemos dele o que quisermos - bem justo isso. Pensei eu. Eu me senti envergonhado, porque em tudo ele era diferente da espécie humana. Não falo fisicamente, mas como Ser, como Pessoa. E era de tal forma diferente, que ele não nos deixou pra trás, e fazendo um paralelo com a humanidade, penso que ele nunca deixará.
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Post 300 Inserido por | Comentário: | |||||
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BOA HISTÓRIA PARABÉNS AQUI NA MINHA CIDADE TEM TAMBÉM A FAMOSA CURVA DA MORTE E ELA NÃO DEIXAR DE FAZER AS SUAS VITIMAS TODOS MORREM DE ACIDENTES TRÁGICOS E FEIOS..A RELATOS DE APARIÇ~ES DE FANTASMAS ESPRITOS QUE NÃO CONSEGUIRAM VOLTA PARA SUA CASA EU MESMO JÁ PENSENCIEI MORTE DE PESSOAS CONHECIDA NESSA CURVA.....
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