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Conte uma relato sobrenatural que vc já viu ou ouviu falar..
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Post 327 Inserido por | Comentário: | |||||
De: andradina Email: Contacto |
Muuuuito bom!!!!
O Cara além de tr preguiça ainda era cachaceiro… ¬¬ Gostei muito do final!!! mUito mesmo!! Quase que eu sinto o calor da bola de fogo heheheh!! Mas eu leria a carta… Parabéns!!!
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Post 329 Inserido por | Comentário: | |||||
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As coisas no trabalho não iam bem. O novo chefe achava que devia ser excepcionalmente rabugento e hostil para mostrar-se eficiente. Trabalhar havia se transformando num verdadeiro inferno. Mesmo com o acúmulo de processos, a repartição andava bem. A maioria do pessoal trabalhava duro. Poucos eram os apadrinhados e os fantasmas que jamais apareciam. Mesmo assim, o procurador recém promovido pelo governador se achava um deus na terra e exigia que os subordinados se comportassem como escravos.
Isso minava o ânimo de qualquer um. Aguardar o final do expediente passou a ser a vontade máxima de todos. Particularmente do pequeno e magro advogado de meia idade que se sentava sempre no canto mais longínquo da sala do “tirano”. Todos sabiam que ele adorava sair daquele clima terrível de exploração e se recolher em casa, tomando uma boa dose de whisky e saboreando um bom charuto. Foi num desses dias que tudo começou. Chegou em casa de cabeça cheia e foi logo preparando uma dose de whisky e se jogando na poltrona da sala. Atirou os sapatos para longe e colocou os dois pés sobre a mesinha da sala. Imediatamente. Sentiu a tensão deixar seu corpo, empurrada pelo calor reconfortante da bebida, uma enorme sensação de bem estar tomara conta dele. Estava quase adormecendo quando notou um envelope branco sobre a mesa. Meio a contra gosto, endireitou-se na poltrona e pegou o envelope. Não havia remetente e no lugar reservado ao destinatário estava escrito apenas “para você”. Pensou logo em Ana. A namorada linda, jovem e sempre cheia de surpresas que recentemente se transformara em esposa devotada e sexualmente estimulante. Apressou-se em abrir o envelope, já antecipando que se tratava de alguma armadilha erótica proposta pela safadinha criativa que dominava sua vida e seus pensamentos desde que a conhecera naquele barzinho. Mas, ao desdobrar o pequeno pedaço de papel contido no envelope, apenas uma única frase podia ser lida: “Você vai morrer!” Um arrepio gelado percorreu sua espinha, como um pulso elétrico violento. As palavras explodiram diante dos seus olhos incrédulos e atingiram seu estômago como se fossem golpes de marreta ou de um campeão dos “pesos-pesados”. Ficou tonto e sentiu que ia vomitar ou desmaiar. O único pensamento que lhe ocorreu foi: “Quem poderia ter escrito isso”? Calçou os sapatos e saiu cambaleante descendo as escadas do prédio, tropeçando nas próprias pernas, e chegou à portaria. Interrogou o porteiro a respeito de alguma visita naquele dia ou se ele havia deixado alguém entrar no seu apartamento. Diante das negativas e do olhar de preocupação que o empregado lhe dirigia, tirou o envelope do bolso e o mostrou ao porteiro. o que estava escrito. O sujeito apanhou o papel olhou de um lado… do outro… e parecia não acreditar no que estava vendo diante de si. Finalmente; exclamou: “O que estava escrito aqui mesmo, senhor?” O homenzinho tomou a carta das mãos dele e apontou raivosamente as letras grandes, escritas em uma tinta azul escura que ele via saltar diante de seus olhos com toda a clareza – Você vai morrer – mesmo diante de sua fúria, o porteiro continuava com aquele olhar incrédulo e, dando de ombros, disse devia ir para a garagem atender a um morador com problemas para estacionar. O pobre homem olhou em volta e uma sensação de desespero era cada vez maior, parecendo querer tomar conta dele. De repente, um pensamento salvador explodiu em sua mente: “Para que tanto pânico? Deve ser alguma brincadeira e o porteiro “está nessa”. Vou subir; tomar um banho e relaxar que tudo isso passará”. Amassou e jogou a carta na lixeira da portaria. Pegou o elevador, entrou no apartamento e foi direto ao chuveiro. A água caia quente e deliciosa sobre sua cabeça e corpo e lavava rapidamente a tensão e a angústia que o encheram de preocupações ainda há pouco. Não soube quanto tempo ficou sob a corrente quente e reconfortante de água, mas saiu do chuveiro completamente renovado. Já no quarto; jogou-se na cama e caiu num sono pesado e sem sonhos. Acordou e olhou direto para o relógio na cabeceira. Três horas. A madrugada ainda nem acabara e já estava acordado. Mas, mesmo assim, sentia uma leveza enorme e uma paz incrível. Nada como um bom banho e um pouco de sono para acabar com todos os problemas – pensou. Foi para a cozinha preparar um café e ligou o pequeno aparelho de televisão sobre o armário. Um velho filme em preto branco fustigava a tela e deixou o aparelho ligado mais pelo conforto de ouvir outras vozes do que pela programação. Depois que o café ficou pronto, desligou tudo e fui até a sala. A poltrona relaxante ficava bem perto da enorme janela da varanda e a luz da lua entrava cálida através do vidro, banhando a sala com um leve brilho prateado. Tomou um gole quente e cheio de sabor daquele maravilhoso café gourmet – presente de Ana – e pousou os olhos na pequena mesa de centro. Por um instante, pensou que veria o envelope e a carta ali, ao mesmo tempo em que dava um sorriso nervoso, sentia aquele arrepio frio percorrer sua espinha mais uma vez. Saboreou o café até a última gota e ligou o aparelho de som na estante. Uma boa música o acalmaria e o ajudaria a esperar o amanhecer. Quando o sol invadiu a sala, com força total, o acordou e explodiu em seus olhos sonolentos com toda a urgência que a compreensão do avançado das horas causava. Certamente chegaria atrasado e o chefe rabugento ia querer o seu sangue de novo. O dia já se anunciava terrível. Jogou uma água no rosto, escovou os dentes e correu para o elevador ainda se arrumando. Na garagem, disparou até o carro e deu a partida rezando aos deuses que o vizinho chato e bêbado do 303 não tivesse deixado o carro atravessado na vaga outra vez, atravancando a saída da garagem. Mal o carro começou a se movimentar e reparou no pequeno envelope sobre o painel. Ficou gelado e imóvel por alguns segundos, mas eles pareceram uma verdadeira eternidade. O tempo pareceu parar e, mesmo sem ter aberto o envelope, já sabia o que era: a carta. Mas, ao mesmo tempo, o pensamento de que tudo não passava de brincadeira do porteiro com mais alguém, lutava para tranqüilizá-lo. Rasgou o envelope e dentro, o pequeno pedaço de papel dobrado em que se lia claramente: “Você vai morrer”. Largou o papel sobre o banco e saiu do prédio dirigindo o mais rápido que podia. O coração batia tão forte e ele lutava para não vomitar em todo o carro. O caminho até o trabalho parecia muito mais longo e seus olhos teimavam em fixar-se no pequeno envelope sobre o banco do carona a cada instante. Estacionou e subiu correndo até o escritório. A primeira coisa que fez foi mostrar o papel para meu velho amigo Jorge. Eles se conheciam há mais de vinte anos e Jorge era a pessoa na qual ele mais confiava na vida. Desde que conhecera Ana, Jorge o apoiara e sempre dava cobertura para as suas escapadas no meio do expediente. Mas, naquele dia, Jorge o estava irritando. Com uma cara de que não entendia nada, Jorge segurava o papel e olhava espantando para o velho amigo perguntando: “O que deveria estar escrito aqui mesmo?” Aquilo o enlouquecia. Enquanto seu amigo continuava balançando o papel diante dos seus olhos e insistia em perguntar se ele estava ficando louco, ele podia ver claramente a inscrição fatídica naquele maldito pedaço de papel. Será possível que ninguém via o que estava escrito ali? Será que só ele conseguia ler aquela frase ameaçadora? Estaria mesmo ficando louco? Foi para a sua mesa e sentou-se na cadeira alta e confortável. Abriu o papel diante de si e percebeu que agora ele parecia brilhar com uma luz bruxuleante e difusa. Quase como se tivesse uma aura própria. As palavras dançavam hipnoticamente como se tentassem abrir portais para mundos desconhecidos e tragá-lo para essas dimensões paralelas. Nada mais fazia sentido e uma dor de cabeça persistente e violenta se apossou dele repentinamente. A cabeça latejava, o coração batia com uma força descomunal e o suor escorria em gotas grossas e viscosas. Um gosto amargo encheu sua boca e uma mão de ferro apertava seu peito e o apunhalava sem piedade nas costas. Sentiu a visão turva e o chão pareceu se erguer e lhe acertar em cheio no rosto. A última coisa que ouvi foi Jorge, depois de gritar por ajuda, falar ao telefone baixinho: “Ana; pode pagar ao porteiro. Deu tudo certo”.
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Post 330 Inserido por | Comentário: | |||||
De: goias Email: Contacto |
isso sim é um marleting bem feito! fiquei até com remorso de não ter ido.. ;|
aliás, o capítulo dessa novela tá óóótimo! eu e Maysa aprovamos, bjss
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